quinta-feira, 5 de maio de 2011

“O palco aos voluntários” – Workshop de Acção – Teatro



"O palco aos voluntários"

(2011: Ano Europeu do voluntariado)


“ actores somos todos nós, e cidadão  não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma! ”.
                                                                                  Augusto Boal

Formadores

Dr. Rui Pedro Borges (Psicólogo e Professor)
Jorge Alonso (Actor / Encenador / Formador)

9 a 11 de Junho de 2011  - 18 HORAS
9/06  - 5ª feira  -  18H ás 20H  e 21H ás 23H
10/06  - 6ª feira  -  10H ás 13H  e 15H ás 19H
11/06  - Sábado -   10H ás 13H  e 15H ás 19H

NA CASA DA JUVENTUDE DE ESPOSENDE
(Ver localização no Google Maps)


ORGANIZAÇÃO - GATERC
          
 APOIOS:
  MUNICIPIO DE ESPOSENDE   /  CASA DA JUVENTUDE



FINALIDADE

Este Workshop não é sobre teatro e técnicas de representação

  • palavras - chave: mudança, perspectivas, acção, auto conhecimento, liberdade, consciência, criatividade, criação, vida, social, comunicação, voluntariado, solidariedade,  ... 

  • Mudar, mudando: um modelo e algumas técnicas na Dinâmica de Grupos.

  • Um Workshop prático e não teórico.

Promover estratégias alternativas de comunicação e de animação, participação e motivação de grupos, estimular a imaginação enquanto instrumento ao serviço do desempenho profissional, fornecer pistas e soluções para a resolução de impasses e obstáculos nos grupos, e melhorar a qualidade das interacções sociais entre todos os agentes envolvidos em trabalhos de grupo. No trabalho teatral e performativo, por exemplo, para a construção do texto dramático, para estimulação das competências de improvisação ou para a simples animação e ensaio do grupo.

APRESENTAÇÃO

“O palco aos voluntários” – Workshop de Acção – Teatro

Um texto de Rui Borges:
"Queremo-nos humanos, no que de humano há de diferente de animal. Por isso, representamos e somos representados, fazemo-nos maiores do que aquilo que somos, melhores do que imaginamos poder ser. Do crescimento individual (ontogénese) ao colectivo (filogénese) a aprendizagem do ser saudável passa pela repetição, por exemplo, de um gesto, de um som, de uma expressão, assim nos fazemos mais um dentro do grupo, num processo tanto transformador do próprio, como da comunidade em que se insere e com a qual se relaciona. E, por exemplo, dizemos: “Olá”.
Coloca-se a questão: fazemo-lo por imperativo de sobrevivência, por obrigação, moda ou normativo social, por capricho involuntário ou por acto soberano e voluntário?  

Dizia o Professor Agostinho da Silva, que o que mais radicalmente distingue o ser humano dos restantes seres vivos é a sua capacidade para representar aquilo que não é, a capacidade para agir para além das suas limitações naturais, em suma, a capacidade para actuar alterando a realidade por sua expressa vontade. A vida como palco e cenário da acção.

Ora, o "Olá" que dizemos na rua é, desde logo, representação e sinal de cultura, aprendizagem social, dir-se-á, de urbanidade, de estabelecimento de relações com vista à realização de acções. E é disso mesmo que se trata.
O comportamento social tem por base a acção voluntária (desejada ou não, premeditada ou não intencional), o gesto e/ou a palavra, são a expressão primeira e última da nossa humanidade. Desde os primórdios da civilização em que o conceito de sociedade humana ganhou forma que o Teatro se configurou como cenário e argumento para a acção e veio dar conteúdo ao esforço colectivo pela sobrevivência individual e da espécie.

Voluntariado radica em Vontade. A vontade de acenar, de dar a mão, de dizer "Olá".

Já fizeste a tua Acção – Teatro hoje?"
Lisboa, Abril de 2011

Nota:  Rui Borges irá estar em direto na TSF no programa "mais cedo ou mais tarde", dia 30 Maio às 15H, onde  falará deste Workshop e não só.

OBJECTIVOS

·   Contribuir para o ganho de consciência de si próprio e dos outros
·   Enriquecer competências de interacção social; e de noção de voluntariado
·   Utilizar o processo de comunicação como factor impulsionador de mudança de comportamentos e de atitudes;
·   Contribuir para a promoção de iniciativas comunitárias e de desenvolvimento local com finalidades diversas, por exemplo, no domínio da prevenção, da formação, da animação, da reabilitação e criação de redes sociais, assim como de acções de integração social em campos diversificados como sejam; a saúde, a educação, a justiça, a igualdade de oportunidades e o próprio trabalho teatral.

Modalidade da formação

A utilização do jogo teatral para construir histórias e jogar histórias contadas pelos participantes. Histórias  previamente escolhidas pelos formadores e histórias retiradas da realidade social dos participantes, concretas e do seu dia a dia. Os “actores” terão liberdade para o seu desenvolvimento. Poderão ser situações onde não têm sucesso em fazer-se ouvir ou compreender, ou situações em que as atitudes, o funcionamento, os comportamentos constituem problemas para os projectos ou obstáculos para a acção. 

A  Acção – Teatro

É uma forma de incentivar a pensar criticamente sobre um problema social e neste caso sobre o que é ser voluntário. É também uma maneira de criar uma apresentação interactiva sobre um tema ou divulgar ou aprofundar o trabalho que está a ser feito.
Uma ferramenta para examinar o processo de percepção e da sua resposta, trazendo à consciência os pensamentos, os preconceitos, as obsessões, os medos,  
Uma combinação da capacidade de observar e de reflectir (própria do espectador) mas que nos restitui também a de agir nas situações que vemos (típica do actor), não reduzindo a realidade àquilo que existe, mas abrindo-a às possibilidades que sempre tem de ser diferente.

As origens

Aspectos específicos, quer do Psicodrama (Moreno), quer do Teatro do Oprimido (Augusto Boal). Instrumentos técnicos que vão da Sofrologia ao trabalho de ensaio teatral e do “trabalho de actor”; as teorias psicossociais do Campo, a sistémica familiar, o jogo de papeis, a pragmática da comunicação humana (P. Watzlawick) e a técnica do Paradoxo e Contra paradoxo  M.S. Pallazolli).

INFORMAÇÕES  /  INSCRIÇÕES

Nº de Inscrições limitadas.
Data limite inscrição: 6 de Junho de 2011

Público - alvo: Estudantes, profissionais de “trabalho com os outros” (Professores,   Educadores, Assistentes Sociais, Animadores, Profissionais de Saúde, Actores, Sociólogos, Psicólogos)

INFORMAÇÕES     Casa da Juventude
Av. Dr. Henrique Barros de Lima nº 123 Esposende
Tel.   253.960.162 / 96 467 85 07 / 93 634 60 40
 http://gaterc.blogspot.com

Valor de participação: 25 €
Consultar os procedimentos de pagamento na ficha de inscrição (clique no link a vermelho para fazer o download).
Solicitar e enviar ficha pré-inscrição para os mail:  gaterc@portugalmail.com, jorge.alonso@sapo.pt
No final será entregue um Certificado de participação.

Curriculum  “Acção Teatro”

Em 1991/2 , Rui Borges tem o primeiro contacto com o modelo, através da acção de formação “Action Theatre”, na Semana Europeia de Prevenção da Toxicodependência, com Mado Chatelein Le Penec inserido no programa “Contigo vais longe”. Após essa data, Rui Borges tem aplicado este modelo no âmbito de consultas privadas e no projecto, “ Informar para agir”  (INFORMAGE /EU-98/99), dirigido a questões de exclusão social juvenil e adolescente.
Aplicação deste modelo no Centro de Reabilitação de Paralisia cerebral do Porto em 2000/4. Também no programa “Aprender a ter saúde”  destinado à população da Biquinha em Matosinhos promovido pela APF. Orientação Workshops da Acção Teatro na Escola Superior Artística Porto (3 edições) e em Esposende no Fórum de Educação 2009 e 2010, com a colaboração de Jorge Alonso.

Rui Pedro Borges, (1961) Lisboa

Licenciado em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação, tem feito um caminho na área das terapias desde que se formou em 1988. Acumula formações e experiências em algumas áreas da Psicologia da Saúde, nomeadamente em Alcoologia de que tem uma pós-graduação, ou na Deficiência. Foi Assessor de Direcção do Departamento de Educação e Juventude (1995/97) da CML e igualmente Chefe da Divisão de Apoio Juvenil do Dep.º de Educação e Juventude (1992/94); Psicólogo/ Animador, Projecto de Intervenção Comunitária, Matosinhos, da Associação. para o Planeamento da Família, APF (2004- 2006). Membro da Comissão de Organização do Fórum anual de Experiências Educativas da cidade de Lisboa (1993/97). Exerce clínica privada e trabalhou na prevenção e tratamento da toxicodependência, com várias publicações de natureza cientifica nessa matéria e em áreas como a educação e formação.  Consultor/formador do projecto Informage, Comunidade Europeia - Fundo Social Europeu
Foi Jornalista e colaborador em periódicos de informação médica (Tempo Medicina), e musical (Música e Som). Faz fotografia e é autor de poesia e Teatro. Já encenou e levou à cena adaptações teatrais e textos seus criando para tal o Grupo de Teatro Interdependente, GTI-TDN. É Professor desde 1979/1980 em diversos graus de ensino (do Básico ao Secundário) e leccionou, entre 2001e 2008, as disciplinas de Psicologia Social, Dinâmicas de Grupo e Animação em Contextos Institucionais do Curso Superior de Animação Sóciocultural da ESAP. Actualmente exerce funções de Psicólogo Clínico na Divisão de Saúde, Higiene e Segurança da Câmara Municipal de Lisboa.

Jorge Alonso (1961) Lisboa

Actor profissional desde 1987 em cerca de 60 espectáculos, Encenador, Formador certificado, Clown e Contador de Histórias. Fez várias formações ao nível do teatro e do movimento com os professores, Polina Klimovetskaya, Rossella Terranova , Aldona Skibianka Lickel, Inês Vicente, Mamadou Dioume, Filipe Crawford, Howard SonnenKlar, Heloísa Machado, Águeda Sena, Yass Hakochima, esteve em Milão e Nova Iorque nomeadamente num estágio na escola Lee Strasberg. Recebeu formação de Clown com  Phillippe Gaulier, Virgínia Imaz, Fraser Hooper, Leo Bassi, Jango Edwards, Koldobika Vio, Jesus Jara. Fez o Curso Teatro- Ferramenta de Intervenção em contextos sócio educativos. Faculdade Psicologia do Porto.  “A Expressão pessoal e o jogo do actor” - LUIS SAMPEDRO e ALFREDO MANTOVANI Viznar- Espanha.    Vários cursos de Teatro do Oprimido na FLUP e FPCE.UP, com José Soeiro,  Iwan Brioc e com Julian Boal . Orientou com Rui Pedro Borges  o Workshop: “Acção / Teatro” 1ª , 2ª  edição- Escola Superior Artística do Porto (ESAP) e no Forum Educação de Esposende, leccionou o CURSO PARA MONITORES  -“Pedagogia e Sistema Educativo para crianças problemáticas” - IPJ. Atelier Arte e Expressão - Caldas da Rainha. Actualmente desde 2001 faz parte do programa de itinerâncias da DGLB para a promoção da leitura. Dá formação ao nível da Expressão Dramática e de Clown e é director artístico do Grupo Teatro- GATERC.

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