MARIA! Não Me Mates, Que Sou Tua Mãe!
De: Camilo Castelo Branco
Adaptação: Fernando Gomes
Estreia: Dezembro de 2009
Encenação: Jorge Alonso
Encenação: Jorge Alonso
Cenário e desenho de luz: Jorge Alonso e Nuno Valente
Figurinos: Criação colectiva
Selecção musical e operação: Jorge Alonso, Selecção de Fados - Filipa Menina
Construção cenográfica: Serviços carpintaria do Município de Esposende
Elenco(por ordem de entrada em cena): São Simões, Patrícia Fino, Loide Meireles, Fernando Vale, Filipa Menina, Joel Zão, Marcelo Silva, Bruno Serra, Alexandra Campino, Irene Abreu, Sandra Aleixo, João Campino, Beatriz Campino.
Os Autores
Camilo Castelo Branco deixou uma vasta obra, das mais importantes da Literatura portuguesa, impondo-se como expoente máximo do nosso romantismo, prefigurando o escritor por excelência, sendo mesmo reconhecido como o primeiro a desempenhar tal arte por profissão. Inúmeros são os títulos com que perdurará na memória de todos, destacamos: «Doze Casamentos Felizes» (1861), «Amor de Perdição» (1862), «Memórias do Cárcere» (1862), «A Queda Dum Anjo» (1866), «O Judeu» (1866) e «O Retrato de Ricardina» (1868).
Fernando Gomes, (Actor | Autor | Encenador), com uma obra conhecida do grande público, tanto em teatro como na televisão, iniciou a sua actividade artística em 1974 . Escreveu e encenou inúmeros espectáculos teatrais.
Da obra
Maria! Não Me Mates, que Sou Tua Mãe!
Maria! Não Me Mates, que Sou Tua Mãe! foi publicado, pela primeira vez, num folheto de 16 páginas em edição de autor e sob anonimato, em 1848, e terá sido inspirado num crime que aconteceu em Lisboa envolvendo uma tal de Maria José, filha de Agostinho José e Matilde Rosária da Luz.
O sensacionalismo da narrativa e o tom deveras moralizante – com resultados perfeitamente humorísticos para o leitor actual – fizeram desta publicação um sucesso popular na sua época e uma obra de culto posteriormente. De facto, este relato hoje poderá ser lido na esteira da literatura do macabro, elevando esta Maria à melhor galeria de malfeitores da literatura portuguesa.
O sensacionalismo da narrativa e o tom deveras moralizante – com resultados perfeitamente humorísticos para o leitor actual – fizeram desta publicação um sucesso popular na sua época e uma obra de culto posteriormente. De facto, este relato hoje poderá ser lido na esteira da literatura do macabro, elevando esta Maria à melhor galeria de malfeitores da literatura portuguesa.
Sobre o espectáculo:
Este espectáculo é resultante da reunião de elementos formados no Curso de Interpretação teatral em 2009 com outros elementos do Grupo GATERC.
Uma tragicomédia passada numa Lisboa do século XIX, não muito diferente de outro lugar em Portugal. Num tempo sem televisão nem jornais para noticias sensacionalistas, aconteceu o mais triste e espantoso acontecimento, o maior crime que viu o mundo. Como aconteceu?
Um Pai que morre em cima de uma alheira ao chegar a casa, vindo do seu duro trabalho, na Pedreira de S. Sebastião, uma filha que vai para um Convento onde encontra umas freiras especiais e o próprio S.Sebastião, uma outra filha que se enamora por um malandro, um grupo de ceguinhos que não o são, a sua paixão pelo fado e pelas desgraças. O povo português do século XIX, ou do século XXI, aqui caricaturado. Fados ao vivo para temperar a desgraça. Como alguém um dia disse, “Não há nada mais engraçado, do que a desgraça”. E de Chaplin
“A Tragédia é a vida vista em plano individual, a comédia a vida vista em plano geral” .
O desafio foi criarmos uma comédia com temas trágicos, de um certo Portugal de ontem e ainda de hoje, um retrato de vida humana, de miséria, de amor, de egoísmo, de mentira, traição, e violência. Uma palavra de reconhecimento para os actores e à sua entrega, vontade, sonho, que em tempo record para amadores, 3 meses, conseguiram preparar este espectáculo. A palavra amador aqui dignificada. Este Grupo de Teatro tem muita riqueza, as pessoas.
Para terminar uma frase de Chruchill, aquele senhor inglês de charuto, que na altura da II Grande Guerra disse: “Ter êxito, é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”.
Um dos espectáculos que me deu mais prazer. Um grande aplauso para os actores. Obrigado Jorge Alonso
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