sexta-feira, 18 de março de 2011

O Quiosque

                      de Fernando Gomes


Estreia: 2008
Encenação e Adaptação do texto original: Jorge Alonso
Selecção musical: Jorge Alonso
Desenho de Cenário: Rui Teixeira
Desenho de Luz: Rui Teixeira e Nuno Fernandes
Figurinos: criação colectiva 
Operação de luz e som: Jorge Alonso e Rafael Sousa Santos

Sinopse do espectáculo
Uma comédia de costumes

Lopes, dono do melhor e mais frequentado quiosque de Esposende é casado com D. Flora, da qual tem uma filha, a Emília. D. Flora morre quando Emília tinha 18 anos e a filha vive obcecada pela morte da mãe. O pai, não volta a casar porque a experiência anterior não tinha sido nada gratificante - muito pelo contrário. Os anos passam e Emília, muito católica dedica-se à casa, ao pai, à rádio - a sua fiel companheira - e à costura. Rapariga simples mas exigente, sempre posta de lado pelos seus colegas de escola, Lili não queria ouvir falar de homens nem em casamento. 
 

O Sr. Lopes, homem respeitado por toda a vizinhança, marido dedicado, trabalhador honesto e posteriormente um viúvo a quem ninguém poderia apontar um dedo, vê-se sozinho e com as fraquezas próprias de um jovem com 39 anos. Arranja uma amante fora de Portugal salvaguardando assim a sua honra e a honra da sua casa. Mas o quiosque não chega para tudo e tem de desistir da amante em Vigo . Ansioso por casar a sua filha e assim ficar com uma vida mais folgada, Lopes arranja um estratagema para convencer a filha a casar. 

 
Convida um velho amigo e companheiro de longa data, o Silva, também ele viúvo, para passar uma semana em sua casa com o filho, o futuro marido de Emília. Com este pretexto trás Faty, a sua nova amante e mulher da vida que quer mudar de vida, para casa, fazendo-a passar por criada. Assim, estava preparado o arranjinho. Mas para que tudo corra bem o padre da paróquia tinha de dar uma ajuda e tentar consolidar o casamento.

Mas Emília não se deixa levar facilmente e percebendo que o pai ficava periodicamente transtornado escreve à tia, a D. Clotilde, para que esta a venha socorrer, que vem com as amigas D. felisberta e D. Cacilda  . Inesperadamente surge Consuelo, a ex-amante, que tem em comum o facto de ser ex-amante do Lopes e também do amigo, o Silva. Gera-se a confusão, também pela visita de umas vizinhas muito caracteristicas…

Nesta comédia ligeira, Fernando Gomes retrata a sociedade portuguesa dos anos 50, princípios dos 60 dando às suas personagens características sociais, económicas e culturais elevadas ao ridículo em toda uma panóplia de situações dramáticas. O núcleo familiar elevado ao seu extremo.



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